Pesquisar este blog

terça-feira, 18 de agosto de 2009



Segunda-feira, 1º de Março de 1999

Estou sozinha, sozinha perto da praça a espera de um táxi debaixo de minha sombrinha, que me protege da chuva que é constante, Ali, parada, penso e reflito sobre tantas coisas passadas e tantas coisas presentes. Penso sobre a razão do meu viver. Com certeza. outrora já fui muito mais feliz; já me senti mais amada, mais querida, com mais amigos a me rodear. A solidão do presente me incomoda, me entristece, me desmotiza. Será que a amizade é algo real? Onde estão tantos amigos que eu tinha? E os que me cercavam na infância? A busca da alegria entristece. Por que a alegriatem que ir? Ela poderia ficar sempre aqui, como na infância. Independente da escassez ou da abundância. A gente era feliz. Parece que a idade nos separa das pessoas. Será mesmo? Será que quanto mais dinheiro se tem mais alegria se vai? Outro táxi passa, estava ocupado, por isso não pára, a chuva, então, se torna forte. Observo calada a praça; tantas pessoas. Sinto-me só no meio de uma multidão de gente que vai e vem, todas inquietas com as suas próprias amarguras ou alegrias. Mais um táxe passa, dessa vez, vazio, mas não pára. Abaixo a sombrinha para observar melhor a rua. Uma gota de chuva cai sobre meu rosto. Algo enche meu coração! Era Ele. Deus, Ele estava me ouvindo, ou melhor, me entendendo. Ele entendeu o que eu sentia. Aquele lugar, no momento, se tornou para mim um paraíso, um lugar onde eu pude sentir a presença de um amigo sincero, verdadeiro e presente. Outro táxi passou e parou. Dessa vez, eu não quis ir. Sentei-me no banco da praça e ali chorei, chorei. Eu não estava chorando sozinha. Ele em todo momento estava ali. Os pingos da chuva se misturavam às minhas lágrimas. Que encontro maravihoso tive com Deus.

A luz é semeada para o justo, e a alegria para os retos de
coração. Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e rendei graças ao seu santo
nome. Dai louvores em memóriada sua santidade
Salmo 97,11,12

Nenhum comentário:

Postar um comentário