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sábado, 21 de abril de 2012

Um lugar ao sol


Saí cedo e fui trabalhar numa casa de familia, trabalhei o dia todo. No fim da tarde , chegou um caminhão de lenha e a senhora da casa olhou para mim e disse: "Pegue esta lenha e a ponha para dentro do quintal". Só que era muita lenha, mais não tinha outro jeito, colocava os troncos de lenha no ombro, e ia conseguindo com a força de Deus , fazer o serviço. Já era noite, quando cheguei em casa. Só tinha dez anos de idade, fui direto para cama. No dia seguinte as minhas costas estavam sangrando e minha mãe, Benedita Velloso, olhou indignada para minhas costas e me disse: Você nunca mais irá voltar para trabalhar naquela casa , mais mesmo assim fui trabalhar. As duas filhas da dona da casa que eu trabalhava, estudavam no colégio em Brasópolis, fiquei olhando e queria muito estudar, mais era muito difícil, as duas meninas riram de mim e eu saía chorando de lá , nunca mais voltei. Não podia estudar, então fui trabalhar em uma fábrica de tecidos. Era Getúlio, todos tinham que trabalhar. A situação era crítica e triste.
A vida foi dura pra mim, mais estava sempre alegre com tudo que me acontecia.

No Próximo conto como cheguei até a fabrica de tecidos para trabalhar.

Agente não nasce mulher...
...torna-se mulher!!!

Simplesmente Maria.

Um sopro de ternura de uma mulher

Esta é uma história é verdadeira. Tudo que escrevi até o dia de hoje aconteceu comigo, mas não posso falar tudo porque não quero entristecer meus filhos e netos.


Numa noite triste de 15 de outubro de 1984, levei meu marido para o hospital as 3 da madrugada, só que ele tinha sofrido um derrame cerebral. Os dias no hospital foram longos e sofrimentos também, para ele e para mim e os filhos. Esses, foram dias longos e depois de dois meses o médico disse que ele não poderia fazer mais nada, já tinha feito o que podia.Ele me disse que tinha que levá-lo para casa e assim fiz. Nesses meses que fiquei com ele no hospital aprendi como ia cuidar dele, mais não consegui uma cama especial para ele, tinha que ser alta , não consegui nem no hospital e nem no quartel. Mas graças a Deus, ele ficou em uma cama normal, só que para cuidar dele eu tinha que ficar muito tempo de pé e ele ficou totalmente dependente de tudo. Para comer, tinha que ter uma sonda para fazer xixi também e as sondas eram trocadas todos os dias. Fraldas, não tinha dinheiro para comprar, eram pedaços de panos lavados todos os dias, para estar sempre limpo.

Nunca em minha vida tinha dado banho em um homem, mais era como se fosse uma criança, sem noção de nada, não sei de onde veio tanta força para cuidar dele, quando ele estava barbudo, eu fazia a sua barba. Até 10 horas da manhã ele estava preparado para tomar seus remédios . No quarto havia uma janela bem larga que entrava um vento bom e gostoso. A minha cama ficava perto da dele, quando ele precisava de mim, ali estava eu, de dia e de noite, todo dia era a mesma rotina, cuidar dele como se fosse uma criança, e assim foi nove meses. Eu não tinha dinheiro para nada, nem para comprar um colchão pois ele tinha feito dívidas e eu precisava pagar os credores que me cobravam constantemente, mais graças a Deus dei conta e paguei tudo.

No dia 6 de setembro às nove horas da manhã, estava frio esperei ele acordar para dar um banho, mais nesse intervalo, peguei a bíblia e comecei a ler, era no livro de Isaías 54, li mais não compreendi a razão.Levantei da cadeira e fui dar banho nele. Quando cheguei , ele estava chorando e olhava para mim. Nesse momento ajoelhei junto de sua cama e conversei com ele(ele não enxergava mais ouvia)e chorava muito. Pedi perdão e agradeci a Deus por Ele ter me dado forças para eu cuidar dele. Limpei suas lágrimas e o beijei, ele deu o primeiro suspiro, o segundo, e o terceiro partiu. Como uma criança agradecida, chorei e chorei mais de uma hora. Depois peguei o telefone e avise minha amiga Magali, ela veio e me consolou .Aí começou o mais dificil, era levar ele para sua terra natal.Pedi para que os oficiais da 11ª CSM. Assim aconteceu: Eu e Marilene,bem menina, levamos ele, a viagem foi longa e triste. Quando nós chegamos em itajubá eram 10 da manhã do dia 7 de setembro. O desfile dos soldados era como se fosse para ele. O clarim tocou e se fez silêncio para sempre. Morreu um grande soldado, no dia 7 de setembro de 1985. Assim foi sua vida de trabalho nos quartéis: " Juiz de Fora, Itajubá, Goiás, Pires do Rio, Natal,Lages, Terezina capital do piauí e Picos e finalmente Belo Horizonte.

Laços de morte me cercaram, não tive nem sequer quem me estendesse a mão, os que vinham, era pra me destruir, como numa selva, era a presa, mais Jesus veio ao meu encontro e acabou com todos que estavam me torturando. Então pude compreender que a força de Deus estava comigo. Quando você ler isaías 54, irá me dar razão. O que Deus pode? O tempo de tristeza já passou, hoje posso dizer que Jesus é meu melhor amigo. Meu amigo importante é Jesus, ele sim. As pessoas que não entendem a palavra de Deus, ficam questionando tudo. Que casa linda ela tem! Carro Importado? Mais elas não sabem que eu renunciei tudo para agradar a Jesus. Aí esta minha vitória.

Muito cuidado em apontar seu dedo para alguém, muito cuidado, as aparências enganam. Cuidado com suas palavras, porque com certeza elas voltarão pra você. Eu mesma Nazareth, nas minhas dificuldades, coloco minhas mãos na minha cabeça digo: Força de Deus vem sobre mim e minha família. não tenho segredo. Primeiro é obedecer em tudo e ler isaías 54. Todo aquele que obedece é meu filho amado, diz o senhor. Se eu tivesse largado a minha própria sorte, teria sido presa do mal imediatamente. As pessoas levantam contendas, mais o que confia no senhor prosperará. PV 28-25

De certa forma parece ser uma contradição, mais a verdade é que aquele que anda humildimente, anda no poder de Deus. O segredo do senhor e para os que o temem. Eu Nazareth sou coluna de minha casa, o inimigo quis derrubar mais não conseguiu. Não tenho um caminho novo, o que tenho de novo é o jeito de caminhar com Cristo.