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domingo, 27 de setembro de 2009

A menina Sonhadora

Alice era uma menina, morava com os tios, mas ela nunca estava feliz, corria a casa, ia no quintal, brincava com todos, as vezes atrapalhava, sua alegria era constante, para ela só existia aquele povoado, correndo pra lah e pra cá, ela queria atenção, mas todos estavam tão ocupados com o trabalho, com o gado, com as galinhas, naquele dia ela estava triste, deitou numa pedra e adormeceu...
Ela queria felicidade, procurava mas não encontrava, ela pensou: "se tivesse um passaro azul, ficaria feliz".
Foi a procura do pássaro azul, andou andou andou, foi ate a floresta, mas tudo foi em vão, ele cada vez estava mais distante, veio uma chuva muito forte, e ela queria para casa, queria ver seus tios, mas tudo era muito dificil com a chuva muito forte, acordou muito assustada, e voltou para a fazenda, como era bom, depois daquele sonho, rever os tios, a alegria era tanta que ela abraçou muito a todos, minha tia disse: "o que aconteceu com você alice? adormeci e só acordei com a chuva, todos estavam preocupados com você Alice."
Sentei perto de um pé de laranja, quando de repente ouvi um canto lindo, olhei para cima, e lá estava ele, o pássaro azul, procurei ele ate em sonhos, lah estava ele cantando feliz, pude compreender, que a procura da felicidade nao esta longe de nós, esta tão perto que mal percebemos, a felicidade estava ali perto da minha familia, dos meus tios, compreendi que muitas vezes procuramos longe a felicidade, mas ela esta junto de nos, bem pertinho.
hoje Alice esta feliz e em paz.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009



Segunda-feira, 1º de Março de 1999

Estou sozinha, sozinha perto da praça a espera de um táxi debaixo de minha sombrinha, que me protege da chuva que é constante, Ali, parada, penso e reflito sobre tantas coisas passadas e tantas coisas presentes. Penso sobre a razão do meu viver. Com certeza. outrora já fui muito mais feliz; já me senti mais amada, mais querida, com mais amigos a me rodear. A solidão do presente me incomoda, me entristece, me desmotiza. Será que a amizade é algo real? Onde estão tantos amigos que eu tinha? E os que me cercavam na infância? A busca da alegria entristece. Por que a alegriatem que ir? Ela poderia ficar sempre aqui, como na infância. Independente da escassez ou da abundância. A gente era feliz. Parece que a idade nos separa das pessoas. Será mesmo? Será que quanto mais dinheiro se tem mais alegria se vai? Outro táxi passa, estava ocupado, por isso não pára, a chuva, então, se torna forte. Observo calada a praça; tantas pessoas. Sinto-me só no meio de uma multidão de gente que vai e vem, todas inquietas com as suas próprias amarguras ou alegrias. Mais um táxe passa, dessa vez, vazio, mas não pára. Abaixo a sombrinha para observar melhor a rua. Uma gota de chuva cai sobre meu rosto. Algo enche meu coração! Era Ele. Deus, Ele estava me ouvindo, ou melhor, me entendendo. Ele entendeu o que eu sentia. Aquele lugar, no momento, se tornou para mim um paraíso, um lugar onde eu pude sentir a presença de um amigo sincero, verdadeiro e presente. Outro táxi passou e parou. Dessa vez, eu não quis ir. Sentei-me no banco da praça e ali chorei, chorei. Eu não estava chorando sozinha. Ele em todo momento estava ali. Os pingos da chuva se misturavam às minhas lágrimas. Que encontro maravihoso tive com Deus.

A luz é semeada para o justo, e a alegria para os retos de
coração. Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e rendei graças ao seu santo
nome. Dai louvores em memóriada sua santidade
Salmo 97,11,12
Que Teu Espírito me dê graça, paz e amor. Somente pelo Espírito é que o amor se torna real, deixando o sentido de palavra para se tornar algo concreto, que brota do mais íntimo do ser. Enchendo o coração de propósitos sagrados, propósitos santos, propósitos divinos. É pelo Espírito que os olhos vêem mais do que a letra; os ouvidos ouvem algo além dos ruídos; ouve e sentem que, para o cristão, o serviço deixa de ser umaexistência monótona, rotineira para tornar-se em uma vida abundante. A comunhão com o Filho nos torna participantes da natureza divina, onde Jesus reina, no meu coração, com toda honra!

Hoje, dia 29 de setembro de 1995, sinto mais forte ainda, a presença de Deus comigo. O amor do Senhor me cobre, me consola, me anina. O Senhor é a minha fortaleza e faz os meus pés como os da corça e me faz andar altaneiramente.

terça feira, 2 de Outubro de 1995

O tempo vai passando e eu estou com medo. Assusta-me saber que o teu olhar está em todas as partes, me cercando por todos os lados, me observando. Como é boa e gostosa a comunhão que me faz ficar sintonizada contigo, ´meu Deus. Sinto, no meu íntimo aquela necessidade de agradar-te, de ter os teus pensamentos e a tua vontade dentro de mim. Não existe prazer maior do que oferecer-se a Deus com o coração aberto, que prazeroso é servi-lo sem murmuração e com alegria. A vontade de Deus seja feita. Somos desafiados pela Palavra de Deus a amar de fato, de forma concreta e não somente de palavra.



Quando a noite vinha de novo, ( a noite estava no terreiro, pretinha). No outro dia acordei bem cedinho, e novamente, admirei a manhã ensolarada, um dia radiante naquele espaço de floresta que começava do outro ado do córrego. Lembranças de minha infância, tão linda! Sempre alegre, divertida, brincalhona, não deixa nunca, transparecer que por dentro estava triste, com medo. Mas, lá no íntimo, tinha esperança de um dia ser feiz de verdade, não só de aparências, mas de coração. Temia, portanto, que minha mãe, novamente, me mandasse para longe de meus irmãos. Temia, também, ser maltratada ali, por isso, procurava sempre fazer as coisas direitinhas, não brigando, não falando muito, às vezes até me escondia para não atrapalhar alguém. E assim, fui guardando minhas alegrias. Contempava a tarde linda, caminhava por várias horas ouvindo o canto dos pássaros. E aquelas horas me proporcionavam alegria que eu não conseguia explicar. Ali era um momento que existia somente eu, a natureza e Deus. Que felicidade! E ao mesmo tempo, que medo, de novamente deixar tudo aquilo. Como dói a uma criança a solidão, a ausência de sua família! Na busca para encontrar o amor, a alegria, encontrei Deus. Aliás, ali, deitada com a cabeça sobre uma pedra, debaixo dos pés de laranjeiras, me consolava pensando e conversando com Ele. Nã sabia ao certo quem era, como era, onde estava, mas só sei que o sentia. E, isso, me animava. Sabia que os anjps estavam ao meu redor, e a vontade de obedecer a Deus era grande.
Não tenho lembranças de carinho, nem se quer de um beijo na face de meu pai ou de mãe. Sempre me senti sozinha, distante. Hoje, a solidão não me incomoda, pois aprendi a ser sozinha.

Cada momento seja alegre ou triste, é uma história que fica na lembrança. Nada passa desapercebido para uma criança. Algo por mais simples que seja, fica marcado; um carinho, um beijo, um passeio, um presente, uma paavra, uma repreensão, uma lágrima, um sorriso. São momentos que fazem uma história.


Eu estava perto da mesa quando meu tio chegou e perguntou: - Qual é o seu nome meninazinha de olhos verdes?
E eu lhe respondi: - Eu preciso dizer para o senhor tudo de novo? Então lhe falei bem devagarzinho para que não mais se esquecesse: - Meu nome é Maria Nazareth e não posso ficar muito tempo aqui. Eu era ainda menina. mas me vestia como uma pessoa adulta. Parecia uma viúva pequenina com aquele vestido triste de listras pretas e brancas. Como me doia vesti-lo, mas, não tinha outro jeito, pois era o único que eu tinha. Meu tio me deu um sapato, pois eu só andava descalça. Fiquei olhando sem parar para os meus pés com o sapato novo.
Um novo ano se iniciava, 1955, e a minha vida eram sempre a mesma. Aquela tristeza me acompanhava. A saudade e a tristeza de ficar longe da minha gente me doía muito, mas finalmente, outra fase de minha vida chegou. Graças a Deus, as coisas seriam diferentes. Estava cheia de amor e carinho para dar, mas não tive a recepção que esperava, parecia que não ligaram para mim, mas nada melhor do que estar em minha terra natal. Naquele verão de 1955, tudo me pareceu mais suave e belo do que nunca.
Novamente saí num passeio de despedida pelas ruas da fazenda. Chegando em casa, com ternuraa particular, olhei as laranjeiras que tantas coisas já haviam me ouvido falar. Elas pareciam me entender.
Por eu ser muito sentimental, minha história se tornava mais delicada. Eu estava, então profundamente triste de ter que me ausentar novamente, de minha tão querida família. Beleza maior não tem do que não ter, do que sentir saudades. E minhaa infância ficou marcada por tantas idas e vindas, por tantas despedidas.

Sinto saudades das tardezinhas quando ia escurecendo e das manhãs ensolaradas. Que felicidade! Ria de tudo. Tudo era engraçado!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009



Ali existia muito respeito, muita simpatia, mas amor... Amor não existia. Certa vez, perto da mesa, estava uma mulher que trabalhava alheia e indiferente à tudo. Aproximei-me dela, sorrindo-lhe alegre e expontânea, mas entre nós parecia existir um vácuo infinito. De repente, meu tio chegou e ao me ver solitária, falou-me: " a Maria é surda e muda". Levei um grande susto! Fiquei surpresa, pois já estava censurando-a por não ter me dado nen sequer um pouquinho de atenção. Mas, mesmo sem poder conversar comigo, ela permaneceu ali, como se eu fosse alguém importante. Eu permanecia alegre e feliz, não deixando transparecer para ninguém a tristeza e a angústia que por dentro tomava conta de mim. Bem que me diziam que a terra era doce para os pés e para as vistas, mas o lugar era triste.

Quando chegava a noite, que tristeza. Sozainha ali naquele quarto, como meu coração doía ao lembrar lá de casa. Dormia chorando, chorando baixinho!
Dizem que criança é feliz, mas nem todas.


Retornei à casa de meus pais. Para mim, sempre era uma festa ali. Era um pedacinho do céu. Parecia que nunca mais ia sair daquele lugar, mas que ilusão. Outra vez precisei voltar para a casa de minha madrinha, mais ou menos em 1958. Quando cheguei, olhei com amor ao meu redor. Com uma expressão amiga e cheia de alegria, fui recebida por minha madrinha. Não sabia, ao certo, expressar a sensação que senti ao vê-la, ali me aguardando ansiosa. Mulher bondosa. Queria conversar com ela, me abrir, dizer-lhe do meu sofrimento longe de minha família, de minha saudade, e tantas coisas que eu não tinha com quem falar. Mas, que me adiantaria querer falar-lhe. Sei que ela não iria me dar atenção. Quando anoitecia naquele lugar sem luz e quieto, não me restava mais nada a fazer, a não ser dormir no colchão de palha. A noite era longa, mas quando o dia chegava, apressava-me para ver a natureza, correr, brincar e admirar a imensa floresta que começava do outro lado do córrego. Que lindo!

Delizadezas nem sempre são suficientes para se conquistar alguém ou alguma coisa. Meus gestos, minhas palavras são tão pequenas como eu, e tão loiros que esboçados à somra, mal se destacam no escuro quase imperceptível. Me movo, meus passos são inaudíveis fetos como se pisasse sempre em tapetes. As mãos tão leves que, uma carícia minha, seria mais branda que a brisa da tardezinha. Não ofereço perido lagum. Sou quieta como folha de outono esquecida entre as páginas de um livro. Sou transparente e clara como água limpa quando tocada delicadamente para lavar as mãos ou mesmo levá-la ao rosto para se refrescar, mas se tocada com dedos bruscos, num segundo, me estilhaço em cacos. Tenho pensado se não guardarei indisfarçáveis remendos das muitas quedas. dos muitos toques, embora os tenha evitado. Aprendi que minhas delicadezes nem sempre são suficientes para despertar a simpatia alheia. mesmo assim, insisto, não desisto. Meus gestos e minhas palavras, muitas vezes, são tristes...

sábado, 8 de agosto de 2009

Fotos Inesquecíveis 2



Minha família

FOTOS INESQUECÍVEIS...

Eu, à esquerda, e minhas irmãs


Eu, à esquerda, em pé e meus irmãos