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sábado, 5 de dezembro de 2009

BARRADA NO BAILE


A vida na cidade era muito diferente. As pessoas eram amigas até a igreja. Depois da missa nós íamos ao largo da igreja. Era uma volta prá lá e, outra prá cá. Eu e mais três mocinhas ficávamos rodeando a igreja. Oito horas o clube Brasopolense abria. Lá era o divertimento dos jovens. Eles se reunião para dançar mas, era difícil entrar lá. Um sábado eu e mais duas amigas resolvemos entrar no clube mas, o porteiro disse: as duas podem mas, você, não! Fui barrada no baile. Por instantes fiquei triste queria muito conhecer aquele local. Eu estava com um lindo vestido mas, não foi o suficiente. Voltei para casa. Ufa, aliviada. No momento pensava em ir embora para bem longe daquele lugar e, isso aconteceu, fui embora para bem longe. Nunca mais senti vontade de voltar àquele lugar. Dei adeus para Brasópolis. Hoje a veja como uma cidade apagada e triste. Que bom que aquele porteiro me barrou. Não era um lugar para mim e, aquela foi a última vez que estive naquela cidade. A menina pobre não pode entrar no clube. Nunca pôde conhecê-lo por dentro. Hoje, após muitos anos, agradeço a Deus por ter me tirado dali. O sul não me quis mas, o nordeste me amou! Me tornei uma mulher incansável.

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