Brasópolis, sul de Minas, 1948
A FAZENDA
Acordava com minha irmã mais velha falando: vai lavar o coador!
Saía descalça naquele frio, mas muito feliz. Era uma fonte que jorrava água
limpa de dia e de noite. Papai colocava batata doce para assar e, enquanto isso
tirava leite da vaca. Era o café mais gostoso. Até hoje sinto o seu sabor... Mas na vida tudo passa... Casei, fui morar no
nordeste, no Rio Grande do Norte, na cidade de Lages, pois meu marido, era do Exército
Brasileiro. Ali em Lages sim, eu pude dar valor à fonte de água na fazenda. Em
Lages, não tinha água e todas as casas tinham calhas ao redor do telhado, quando
chovia, era recolhida na cisterna, a água da chuva. Era aquela alegria! As
crianças brincavam na rua debaixo da chuva... uma grande felicidade! Lembro-me,
eu Nazareth, que orava para chover, isso em 1967.
O COLÉGIO
Agradeço a Deus pelo colégio que meus filhos estudaram.
Padre Vicente era o diretor. Um homem educado e amigo. Meus filhos tiveram uma
educação de qualidade, graças a Deus, não tinha água, mas tinha educação!
O amor não tem explicação: A gente ama e pronto! É o jorrar da
água (amor) onde não tem felicidade.
Tenho respeito pelos militares e suas esposas que vão onde
água não jorra... ISSO É AMOR À PÁTRIA!
Simplesmente, Nazareth.
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